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Contexto histórico - século XX

Atualizado: 25 de fev. de 2022

Qual era o contexto histórico do Brasil e do mundo na época em que ocorreu a fundação da nossa querida Capa dos Pobres? Como era o Espiritismo há 100 anos atrás?



A primeira metade do século XX foi uma época das mais desafiadoras da história do planeta, repleta de crueldade e violência, que dizimou milhões de vidas. Além de duas Guerras Mundiais que, somadas, duraram 10 anos, todo o período foi pontuado por flagelos e sofrimentos.


Fome, desemprego e pobreza atingiram todos os pontos do globo, incluindo a Europa (palco principal dos conflitos militares do período) e os Estados Unidos (que vivenciaram a Grande Depressão). Além das estimativas de 100 milhões de mortos pelas duas Guerras Mundiais, também aconteceu nesse período a pandemia mais mortal da história da humanidade, a chamada “Gripe Espanhola” que assolou o planeta nos anos de 1918 e 1919 e que vitimou entre 50 e 100 milhões de pessoas. No Brasil, o presidente da República, Rodrigues Alves, morreu de gripe, que também levou a vida do célebre educador e médium espírita Eurípedes Barsanulfo.


No início dos anos 1920, a situação do Brasil era difícil, com o País sofrendo os efeitos do pós-guerra e da pandemia de gripe. Uma população empobrecida pelo desemprego e pela falta de oportunidades migrava dos campos para as cidades, que cresciam rapidamente, dando origem às periferias urbanas pobres. As condições de vida dos brasileiros eram penosas: a expectativa de vida de um brasileiro que nascia em 1920 era de apenas 34,5 anos. Nossa população (30 milhões de habitantes) era composta por 65% de analfabetos.


Curitiba tinha 78.986 habitantes, segundo o Censo de 1920, que também indicava o Paraná como um Estado com apenas 700.000 habitantes, sendo o 13º mais populoso do País (cem anos depois, está na 5ª posição). Vinha de uma sangrenta guerra fronteiriça com Santa Catarina, a Guerra do Contestado, que tinha definido os limites estaduais em 1916, resolvendo um conflito demarcatório que se arrastava há décadas. Pouco mais de 4.000 pessoas frequentavam escolas no Paraná, o que demonstrava o enorme esforço que seria necessário para transformar o Estado em uma coletividade mais evoluída.


Não era fácil ser espírita no Brasil, no início do século XX. O Código Penal de 1890, em seu artigo 157, no capítulo dos “Crimes contra a Saúde Pública”, incluía: “Praticar o espiritismo, a magia e seus sortilégios, usar de talismãs e cartomancias para despertar sentimentos de ódio ou amor, inculcar cura de moléstias curáveis ou incuráveis, enfim, para fascinar e subjugar a credulidade pública”.


É estranho observar que o artigo mistura Espiritismo com tantas outras práticas. O que ajuda a explicar um pouco dos preconceitos que ainda enfrentamos. A pena prevista para este artigo era de prisão de um a seis meses, mais multa. Há diversos episódios de prisões de espíritas e de fechamentos de centros, motivo que levava muitas pessoas a realizarem reuniões domésticas, de maneira discreta. Somente em 1940, com a edição de um novo Código Penal, este “crime” seria suprimido do nosso corpo de leis.


Os trabalhadores do plano espiritual trabalharam muito intensamente neste período, para manter acesas as chamas da fé e os impulsos da esperança na alma de homens e mulheres que enfrentavam aqueles tempos difíceis. Se as trevas tentavam dominar, insistiam na semeadura de luz, vislumbrando um futuro melhor, antevendo um novo Milênio que iria acolher uma humanidade melhorada.


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